ROBERT FROST
Robert Lee Frost (São Francisco, Califórnia, 26 de março de 1874 — Boston, 29 de janeiro de 1963) foi um dos mais importantes poetas dos Estados Unidos do século XX.
Frost recebeu quatro prêmios Pulitzer.
Entre 1912 e 1915 viveu na Inglaterra, país onde publicou seus dois primeiros livros de poemas, A Boy’s Will (1913) e North of Boston (1914). Os livros foram bem recebidos pela crítica européia, e Frost é apresentado a poetas famosos, como Ezra Pound, Ford Madox Ford e W. B. Yeats.
Em 1915 volta aos Estados Unidos, e no mesmo ano lança em seu país natal seus dois primeiros livros. Entre suas publicações de 1920 está o poema Fire and Ice. Com a carreira literária cada vez mais sólida, recebe o Pulitzer em duas ocasiões (1924, por New Hampshire, e 1931, por Collected Poems).
s viagens como conferencista incluíram uma visita ao Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo) em agosto de 1954. Em 1957 volta a visitar a Europa, ocasião em que conhece grandes nomes da literatura da época: W. H. Auden, E. M. Forster, Cecil Day Lewis, Graham Greene.
Plenamente reconhecido como um dos maiores poetas norte-americanos do século, Robert Frost morre em 29 de janeiro de 1963.
Ver biografia completa em: pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Frost
TEXTO IN ENGLISH - TEXTO EM PORTUGUÊS
DUAS PALAVRAS: Uma publicação da Biblioteca Pública Estadual Luis de Bessa. Belo horizonte, MG; 1984- V.1 –No. 1 - Dezembro 1984 – N. 09 839 Ex. bibl. Antonio Miranda
THE ROSE FAMILY
The rose is a rose,
And was always a rose.
But the theory now goes
That the apple´s a rose,
And the pear is, and so´s
The plum, I suppose.
The dear only knows
What will next prove a rose.
You, of course, ara a rose —
But were Always a rose.
ROSÁCEAS
A rosa é uma rosa
— e sempre foi uma rosa.
Mas agora há uma teoria
de que a maçã é uma roda,
a pêra é uma rosa e
até a ameixa — acho.
— Só Deus o que mais
virá a ser uma rosa.
Você, naturalmente, é uma rosa.
Mas sempre foi uma rosa.
Tradução: Lais Corrêa de Araujo
MARQUES, Oswaldino. Videntes e sonâmbulos: coletânea de poemas norte-americanos. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação, Miistério da Educação e Cultura, 1955; 300 p.
Ex. bibl. Antonio Miranda
A CROW
The way a crow
Shook down on me
The dust of snow
From a hemlock tree
Has given my heart
A change of mood
And saved some part
Of a day I had rued.
UMA GRALHA
Passando ao pé dum abeto,
Uma gralha buliçosa
Lançou-me alvo cotão
De neve —
Com isso mudo o eixo
Dum dia tormentoso,
Deixou-me o coração
Mais leve.
Trad. de Pedro de Aratanha
THE TELEPHONE
"When I was just as far as I could Walk
From here to-day,
There was na hour
All still
When leaning with my head against a flower
I heard you talk.
Don´t say I didn´t, for I heard you say —
You spoke from that flower on the window sill —
Do you remembre what it was said?"
"First tell me what it was you thought you heard."
"Having found the flower and driven a bee away,
I leaned my head,
And holding by the stalk,
I listened and I thought I caught the word —
What was it? Did you call me by my name?
Or did you say —
Someone said "Come" — I heard it as I bowed."
I may have thought as much, bur not aloud."
"Well, so I came."
O TELEFONE
"E quando me afastei o quanto pude
Hoje daqui,
Houve uma hora
Tranquila,
Em que, ao me inclinar sobre uma flor,
Te ouvi falar.
Não me digas que não porque te ouvi dizer...
Falaste daquela flor no parapeito da janela —
Lembras-te do que disseste? "
"Primeiro dize-me o que julgaste ter ouvido."
"Tendo encontrado a flor e afugentado uma abelha,
Inclinei a cabeça
E segurando a haste
Escutei e julguei ter captado a palavra —
Qual era? Chamaste-me pelo nome?
Ou disseste...
Alguém disse "Vem" — ouvi ao debruçar-me."
"Talvez o tenha pensado, mas não falei."
"Pois bem, então eu vim."
Tradução de Willy Lewin
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Página ampliada e republicada em junho de 2022.
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Página publicada em outubro de 2021
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